Caminha pelas ruas da California um homem alto levando seu cachorro para passear. Caminha apressado, rápido, ao se olhar para ele, nota-se de cara que não é uma pessoa que gosta de perder tempo. Algumas poucas pessoas o olham, desconfiadas, como se o tivessem visto em algum lugar. Os mais extrovertidos lhe perguntam o nome. "Michael", responde ele, com inconfundivel sotaque europeu. As pessoas que perguntam, normalmente respondem um desanimado "Ah... Desculpe, confundi o senhor com outra pessoa", e continuam seu caminho, deixando o homem em paz.
É por isso que ele gosta dos EUA. Ali ele é apenas Michael. Em quase qualquer outro pais do mundo, ele é o super campeão que atende também pelo sobrenome: Michael Schumacher. Devido ao fato de que o povo de lá tem todas as atenções voltadas para a F- Indy e Nascar, entre outras categorias nacionais, os pilotos de F-1 são tão conhecidos lá quanto os jogadores da MLB aqui no Brasil. Lá, Schumacher pode andar pela rua numa manha de sol tranquilamente. Alguns desconfiam que o viram em algum lugar, mas como só o conhecem pelo sobrenome (tal qual só conhecem Edson Arantes do Nascimento por Pelé), é facil para ele se camuflar.
Schumacher e seu cãozinho tem muitas historias para contar. Cãozinho alias, que jamais sonharia em passear pelas ruas da California. Cachorrinho humilde, que vagava pelas ruas de interlagos, um dia se aventurou dentro do autodromo, e quase foi atropelado. Veja que mundo injusto: Uma pessoa que invadisse o autodromo, e entrasse no meio da pista, atrapalhando os treinos da mundialmente vista F-1, seria presa na hora. O cachorrinho, contou com sua cara simpatica para agradar a esposa do alemão. E ganhou uma (gigantesca, diga-se de passagem) casa nova para morar...
O pequeno e esperto vira-latas não é a unica lembrança que o lendario piloto guarda de São Paulo. Há todo o tipo de lembranças, inclusive, quem diria, de barbeiragens no transito. Como Schumacher vai se esquecer do dia em que foi trocar o CD no som de seu Renault, e bateu num caminhãozinho parado a frente? Mais inesquecivel ainda, foi a reação do motorista, que não aceitou que Schumacher pagasse o concerto. Mas isso não basta como recordação. Talvez a melhor recordação mesmo seja a foto que o motorista lhe enviou atravez de um reporter da revista quatro rodas, no ano seguinte, do caminhão ainda com o amassado, mas com uma placa que diz: "Schumacher bateu aqui!!"
Schumacher ainda sentiu na pele como os pobres se locomovem. Ao chegar em interlagos, ele queria fazer o reconhecimento da pista. Viu uma mobilete encostada, e pediu que a emprestassem. O dono, ao ser questionado pelos mecanicos da equipe, negou sem pensar duas vezes. Ao ver que Schumacher era mesmo quem queria dar uma voltinha, entregou nas maos do alemão, com um sorriso no rosto. "Agora eu não vendo nem por um milhão!", disse o jovem em entrevista aos reporteres naquela tarde.
E Schumacher também se confunde. Ao ser levado ao salão do automovel para promover o lançamento do Stillo Schumacher, o então campeão mundial avistou um Stillo tunado de fabrica, com vidros escuros que tornavam impossivel ver o interior, mas uma beleza externa fantastica. "Esse carro anda bem?" perguntou ele a um dos funcionarios, que sem graça respondeu que não, que o carro era uma decepção. E que decepção, afinal, o alemão jamais saberá, mas aquele carro era falso: Não tinha motor, banco, volante... Só tinha a parte externa, e jamais foi ou será fabricado.
Essas e muitas outras historias estão por tras do campeão que estamos acostumados a ver na TV. As vezes não parece, mas ele até que é um sujeito comum, que anda de mobilete, bate o carro, se confunde, e gosta de passear com o seu vira-latas numa ensolarada manhã de domingo...
Cuidado: 90% desse blog foi escrito por um adolescente muito tempo atrás,quando ainda fazia sentido ter um blog.
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"Thales... (*) says:
ResponderExcluirsem ler o texto fica impossivel comentar --""
Mentira, comentei!