domingo, 11 de abril de 2010

O duelo do século!

  Rivalidades. O mundo precisa de rivalidades. Todos gostam de rivalidades. Você gosta de rivalidades. Fazem o mundo girar. Cães, gatos e ratos. Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Água e fogo. Claro e escuro. Deus e o Diabo. Você e sua sogra. Batido ou Mexido. Sejamos sinceros: Todos perderiam grande parte de sua graça se não fosse pelo fato de terem rivais com quem competir, a quem eles devam mostrar quem é que manda.

  Mas essas rivalidades, juntas, ainda não são capazes de se comparar a aquela que foi a maior rivalidade que já existiu em todo o Cosmos: Xuxa, Angélica e Mara Maravilha.

  As três iniciaram toda uma horda de adolescentes com rosto de anjo, que hipnotizavam crianças inocentes por horas com sua fala mansa, para que essas colaborassem num suposto plano de dominação mundial chamado audiência televisiva. O fato de haver desenhos em seus programas eram meros detalhes, incapazes de competir com as brincadeiras, com as musicas e com o sorriso dessas garotas.

  Entre essas, Xuxa foi, e é até hoje, considerada a Rainha dos Baixinhos. Mas o blog levanta a questão: Será que ela merece mesmo esse título? Chegou a hora de por essas peso-pesados da enrolação infantil cara a cara. Que comece o combate!



  Xuxa
  A grande pioneira, Xuxa colecionou, ao longo dos anos, uma infinidade de programas com trocadilhos usando a letra x, gafes, polêmicas, uma marca incrível de cerca de 900 musicas gravadas (!), tornou-se um dos grandes xodós da Rede Globo, falou com duendes, protagonizou cena de pedofila em um filme, foi acusada de pacto com o demonio e virou mito no Twitter. Em resumo, a senhora Meneghel (e que, para o bem da minha integridade física, ela jamais leia esse “senhora” ali), parece ter aproveitado muito bem a vida...
  Diferente das outras, Xuxa é a única que mantém vivo o personagem criado em 1983, mantendo-se fiel (ou quase) ao seu público infantil, tendo tendo seu público composto por  filhos (e netos) dos primeiros fãs da loira, ávidos por mais filmes, músicas e programas de sábado de manhã...
  Que fim levou?
  Xuxa ainda tem seu lugar garantido na Rede Globo, depois de 27 anos de emissora. Recentemente estreou no cinema seu mais novo filme (que ainda está em cartaz). Ou seja, embora não tenha todo o glamour de outrora, continua muito bem, obrigado.
  Momento célebre:
  Xuxa tem uma infinidade de momentos geniais, como por exemplo, a cena em que quase pulou no pescoço do menino que lhe chamou de senhora, ou a (lamentável) passagem dela pelo Twitter, junto a sua filha Sasha. Mas é muito dificil competir com o histórico “Aham, Cláudia, senta lá...”, a maior ignorada da historia da TV Brasileira...


  Angélica
  A menos polêmica das três, Angélica cativava as crianças com um estilo ainda mais calmo de ser. Campeã de fala mansa, de tratar as crianças com jeitinho meigo, Angélica logo ganhou fama e tornou-se estrela, ainda ostentando um cabelo armado de uma geração sem chapinha, e mostrando a lendária pinta na perna, largamente imitada pelas menininhas de todo o pais (usando o batom de suas mães).
  Se Xuxa foi a pioneira entre as apresentadoras, Angélica foi a pioneira entre as imitadoras que seguiam exatamente a mesma fórmula da Xuxa, sem tirar, nem por. Loira, adolescente, bonita, roupas colorida e fantasias extravagantes, agindo como se fosse apenas uma criança maior que as demais, programas com trocadilhos no lugar do nome... Bastava as crianças escolherem aquela que elas se identificassem mais, já que mesmo os quadros dos programas eram basicamente iguais. Ou simplesmente considerar uma a continuação da outra, visto que os programas não eram no mesmo horário...
  Que fim levou? 
  Angélica não trabalha mais com programas infantis, sendo atualmente apresentadora do programa “Estrelas” da TV Globo. De quebra, casou-se com o também apresentador Luciano Hulk. Mantém o jeito paz e amor, a aparentemente, como a Xuxa, não tem do que reclamar...
  Momento Célebre: Angélica se viu numa saia justa, ao perguntar, inocentemente, a um menino retirado da platéia, se ele havia pedido para que sua mãe o levasse ao programa. “Eu queria ir na Xuxa, mas não teve outro jeito, ai eu vim na Angélica...” 



  Mara Maravilha
  Mara é, sem dúvidas, o patinho feio das três. Não no sentido literal, claro, mas ela servia como uma exceção em (alguns) dos aspectos que caracterizavam os programas infantis da época. Um exemplo é o fato óbvio de não ser loira. Também era a mais polêmica (na época), não fazendo a menor questão de esconder sua mágoa para com Angelica diante da mídia, e aceitando sem titubear um convite da Playboy para mostrar aos pais das crianças tudo aquilo que seus filhos não podiam ver... Mara tinha, certamente, uma personalidade mais explosiva. Mas isso jamais atrapalhou seu talento para manter as crianças entretidas diante da TV.
  Ao analisarmos o programa em si, Mara não fugia da fórmula, com quadros compostos por brincadeiras entre as crianças da platéia, alguns desenhos, figurino inusitado, e, claro, músicas chicletes para que a criançada ficasse cantarolando dia e noite, repetindo aquele vinil insuportável por hoooras...
  Que fim levou? 
  Mara é a integrante do trio que está mais fora da mídia hoje em dia. Embora ainda seja artista, tendo convertido-se numa cantora Gospel, abandonou as polêmicas, o jeito explosivo, fez as pazes com Angélica... Em resumo, é outra pessoa.
  Momento Célebre:
  Mara conduzia seu programa normalmente, tocando uma música animada e brincando numa gangorra com uma de suas ajudantes (que ela insinuou ser gorda, ao usar a frase “que garota pesada, chê!”), e soltando frases um tanto mal elaboradas (“para você que está acompanhando em casa, na creche, no asilo...”) quando desequilibrou-se e despencou no momento em que ficava no ponto mais alto da gangorra. Completamente desconcertada, e já recuperada do susto, levantou garantindo: “estou intacta”. Que bom!

2 comentários:

  1. Muito muito muito muito bom o post. Lembro da minha época de garoto, quando a Angélica ainda tinha um programa infantil e tinha um quadro com um rápido game play. O único que eu lembro é o Sonic 3d Blast.

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  2. Adorei, só não gostei dessa parte :
    "repetindo aquele vinil insuportável por hoooras...", sobre a Mara.

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