quinta-feira, 15 de abril de 2010

Universos Paralelos

  Era uma vez você. Mas você não vive a vida que você está vivendo agora, muito pelo contrário. Você vive a vida que você sempre sonhou...
  E era uma vez um outro você. Esse teve um final trágico, coitado. Morreu alguns anos atrás.
  E era uma vez um terceiro você. Esse está parado em frente a um PC, lendo um texto do qual não está entendendo muito bem, pensando algo do tipo “acho que esse blogueiro enlouqueceu de vez”.
  Entendeu? Não? Então seja bem vindo ao fascinante mundo dos Universos Paralelos.


  Ficção muito real 

  Desde que o ser humano aprendeu a expressar suas ideias, ele provavelmente já dava umas viajadas na maionese, por assim dizer. E as passava adiante. E esse ato de contar coisas que não condizem com a realidade foi o que mais tarde ganhou o nome de “ficção” (isso as que eram assumidas na hora que eram contadas. As outras convencionamos chamar de "mentiras"). O grande “x” nesse ponto, é que muitas vezes a ficção de hoje, acabou por tornar-se a realidade de amanhã. O conceito de Universo Paralelo se aplica nesse exemplo.

  Basicamente, Universos Paralelos são universos semelhantes ao nosso, que podem ocupar (ou não) o mesmo lugar no espaço-tempo, mas que estão em outra dimensão, por isso não podemos vê-los, senti-los ou toca-los. Esse “conceito” surgiu na ficção, no entanto...
  Nossos amigos físicos malucos, conseguiram observar um comportamento peculiar: Em um dos seus testes, um mesmo átomo ficou, por uma fração de segundos, em dois lugares... Ao mesmo tempo! Foi o que faltava para começarem a levar os físicos mega malucos (ainda mais malucos que o normal, e quando eu digo maluco, quero dizer "inteligente demais para ser compreendido por nós, meros mortais"), que já estudavam essa possibilidade de multiversos antes dessa descoberta, a sério. “Então pode ser que eles tenham razão...”, alguém pensou. Hoje em dia, essa hipótese é bem aceita pela comunidade científica.

  Ainda bem que nesse universo existe calculadora

  Não vou ficar aqui focando em cálculos, teorias, buracos de minhoca e tudo mais que cerca essa situação. Vou direto ao ponto: Mas o que isso trás de interessante? É ai que voltamos ao começo do texto.
  Segundo os mesmos estudiosos, não deve haver um ou dois Universos Paralelos. O número deve ser um pouco maior que isso. Sabe quantas estrelas tem no céu? Multiplique pelo número de grãos de areia na terra. Esse número talvez represente 1% do número de universos paralelos que estão lá fora.

  E a parte divertida, é que eles não seguem um rumo pré definido. Em cada um deles, podem acontecer coisas diferentes o tempo todo. E considerando a quantidade de universos, podemos assumir que todos os rumos que a sua vida, por exemplo, poderia ter tomado, realmente aconteceram. Em algum lugar do espaço-tempo você virou a cantora que sempre sonhou. Em outro você nem existe. Alias, em alguns a vida na terra não chegou a existir, em outro os dinossauros não foram extintos, em outro eles foram, mas as aves se tornaram a espécie dominante, em outro Roma ainda manda no mundo e em outro ainda vivemos nas cavernas.

  E pode pensar em qualquer coisa ai: Em algum deles isso realmente deve ter acontecido.

  E como tem louco pra tudo...

  O grande problema dos Universos Paralelos é que quase tão numerosas quanto eles, estão as questões éticas, filosóficas, sociais e religiosas que se contradizem ao abordarmos esse assunto. Por que vou me preocupar com as consequências dos meus atos, se em outro lugar do cosmo eu sou bonzinho e não sofrerei nada? Por mais que pareça uma ideia doentia, você duvida que muita gente pensaria assim?

  Há todo o tipo de situações semelhantes. E também surgem paradoxos. “Então eu não sou único?”. Lógico que você é. Mas acontece que existem outros você por ai. E você ser vários, com historias e até personalidades diferentes, não te impedem de continuar sendo um só.
  É, não faz sentido. Assim como a maioria das questões que podem ser levantadas referentes a esse assunto não fazem.

  E talvez seja ai que more a graça da vida. Ela nem sempre faz sentido. Resta a nós, com nossa vã compreensão do mundo, continuar vivendo.

Esteja você no universo que estiver.

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