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sábado, 14 de maio de 2016

O maldito Handicap do Fifa

Nota rápida: Recomendo essa trilha sonora para a melhor ambientação da leitura a seguir

Meu primeiro Fifa foi ainda no Mega Drive, Fifa 96. A capa com dois jogadores que eu não sabia quem eram (e até hoje não sei, embora já tenha pesquisado seus nomes) disputando a bola, a primeira vez que eu vi os nomes reais (da maioria) dos jogadores dos meus times favoritos, a primeira vez que eu vi que era possível jogar com os times brasileiros... O dia que eu comprei esse cartucho eu jamais vou esquecer.

Venho jogando games de Futebol a vida toda desde então (não só Fifa, joguei muitos outros, como as séries Virtua Striker e Winning Eleven, ou PES), mas em agosto de 2015 eu tomei uma decisão: Não vou mais comprar ou jogar esse tipo de jogos.

O motivo é bem simples: Ao invés de me divertir jogando, eu estava era me estressando. Mais raiva do que com futebol real. Coisa de jogar o controle no chão e tomar prejuízo. E o motivo não é apenas minha falta de habilidade, é algo muito além disso. Seu nome, que causa calafrios naqueles que o conhecem, e descrença em tantos outros, também é o responsável pela maior polêmica do futebol mundial, e talvez a maior teoria da conspiração do mundo dos games: O Handicap da série Fifa (também conhecido como scripting). 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Rogério Ceni: Um ídolo que só o São Paulino é capaz de entender.

Vocês nunca vão entender.
Alguns de vocês até fingem. Mas eu posso ser sincero? Se você tem menos de 50 anos e não é São Paulino, você nunca viu no seu time um ídolo como o Rogério Ceni. Nunca.
Sabem, eu tenho 25 anos e meio. O único goleiro que vi no meu time foi o Rogério. Eu entrei na primeira série. Eu terminei o ensino médio. Eu terminei a faculdade. Eu voltei a trabalhar na escola onde tudo começou. E o Rogério era o goleiro do São Paulo nesse tempo todo.
Rogério viveu os melhores e os piores anos do São Paulo. Foram 1200 e sei lá quantos jogos. Foram 1200 e sei lá quantas vezes que a gente sabia que não importa o que acontecesse no campo, ele era um de nós. Que ele seria o mais puto quando perdesse e o mais feliz quando vencesse.
1200 e tantas vezes que havia um jogador que representava mesmo a gente no campo. Um de nós, lá embaixo.
Você viu grandes ídolos nesse tempo. Não estou desmerecendo. Sei da historia do Marcelinho, do Neymar, do Marcos, do Juninho, do Romário, do Edmundo, do Fernandão, do Fred, do Alex, do Renato Gaúcho, de tantos outros. Respeito todos, fui fã de alguns.
Mas desculpa, não é a mesma coisa.
Eu sei como vocês se sentem. Não quero comparar talentos, mas ídolos assim o São Paulo também teve nesses anos. França, Kaká, Hernanes, Lugano, Luis Fabiano, Lucas, Rai: Escreveram o nome na historia do São Paulo, como o Robinho no Santos, o Vampeta no Corinthians e o Evair no Palmeiras.
São ídolos inesquecíveis. Mas não são o Rogério.
Rogério não foi um jogador do São Paulo. Ele foi o São Paulo nas últimas duas décadas. Ele foi o nosso capitão na inocência da infância, na rebeldia da adolescência e na realidade da vida adulta. Isso vocês não tem como entender.
Duas décadas.
Pela primeira vez na vida, eu e tantos outros vamos ser apresentados a um cargo chamado "Goleiro do São Paulo". A gente não sabe o que é isso. Sabemos o que é o Rogério e seus reservas.
Eu não vou no jogo de hoje. O que eu tinha pra ver do Rogério, eu vi. 
Vi ele fazer o gol do titulo paulista
Vi o jogo contra o Rosário Central
Contra o Tigres
Contra o Liverpool
Contra o Cruzeiro
O gol 100
Vi ele ser indicado entre os 50 melhores da FIFA 
Vi ele contra a Universidad Católica
Vi o Rogério conversando com a trave numa decisão por pênaltis
Vi gol com bola rolando
Vi defesas incríveis que vocês nunca viram, porque Rogério defendendo não vende jornal
Vi ele errar também
Vi ele acertar muito mais
Vi muita coisa que nem lembro
Vi e ouvi na sala de casa, de aula, na rua, no estádio, no onibus e sei lá mais onde
Sozinho, com amigos e com gente que nunca mais veria de novo
Você também viu, e cada vez que xingou, confirmou que estava vendo algo que gostaria que fosse pelo seu time.
Mas não foi, e você nunca vai ver nada assim. Desculpa.
Esse texto é arrogante mas é verdadeiro.
Todos tem goleiro. A partir de agora, até nós.
Mas só nós tivemos Rogério.

domingo, 26 de abril de 2015

Estão Proibidos os Celulares Durante o Pênalti

 Pênalti pro meu time. Forma-se aquele clima inconfundível, que começa com uma euforia que muito se parece com a de um gol e vai, aos poucos, se transformando numa tensão e num silêncio quase fúnebre, a espera de um milagre bastante provável, do fato consumado do gol.

  Esse é o momento de concentração máxima. Não dos jogadores, e sim a nossa, dos torcedores. Todo mundo que torce sabe: Na hora do pênalti, o bom torcedor não vê nada, não ouve nada, não sente nada, exceto, talvez, suas batidas no coração e a voz do narrador. E era nesse estado de êxtase que eu gostaria de estar, mas uma coisa me incomoda, me tira o foco. Me deixa sem entender. Se eu estivesse em campo, não poderia cobrar o pênalti, não com aquele incômodo zumbindo na minha cabeça, ou melhor, brilhando diante dos meus olhos.

  Ao meu lado, frente e ao redor de mim, todos estão sacando seus telefones celulares e apontando suas câmeras para o campo, se preparando pra filmar o possível gol, ou pra apagar o vídeo no caso do atacante não estar no seu melhor dia, e sim meus caros, me chamem de rabugento, antiquado ou chato, ou todos os predicados que quiserem, mas eu acho isso um pé no saco.

 Ser torcedor é um exercício de irracionalidade, onde a razão se cala e o coração grita, vibra e as vezes para - mas geralmente volta, ávido pra ver o que vai acontecer a seguir. Mas tento ser racional pelo menos aqui: Por que, e pergunto apenas por que, um caríssimo companheiro de arquibancada (gostaria de usar "geraldino", pois gosto desse termo, mas não sou dessa época, infelizmente) precisaria filmar aquele momento, e justo aquele momento, o climax, ali no estádio, em que ele pagou pra estar e consequentemente, vivenciar ao máximo a experiência?

 Sei que na era do Facebook minha pergunta poderia ser respondida com um simples "Porque sim!", mas porque sim não é resposta, e se for, a pergunta foi mal formulada. Então, faço questão de reformular: Se você pagou pra estar ali, pra ver pessoalmente, pra ver a história acontecer ali diante dos seus olhos e ser parte da experiência, por que você precisa abrir mão disso tudo no momento mais importante e assistir tudo em uma tela de 4 polegadas?

 Enquanto penso nessas perguntas, o treinador adversário parece estar possuído por um demônio quaisquer, joga a garrafa de água no chão, aponta e gesticula pro quarto árbitro, anda em círculos. A moça um pouco mais abaixo na arquibancada não quer nem ver, esconde o rosto no ombro do namorado, e ali mesmo fica por um tempo, dando rápidas espiadas, como quem sabe que deveria ver, mas simplesmente não quer. O tiozinho da pipoca (posso chamá-lo assim? desconheço o termo politicamente correto pra esse simpático figurão dos estádios. Milho-descendente soa estranho) esquece que está ali a trabalho, deixa os clientes na mão e vira-se pro campo. Menos discretos e mais numerosos, os olhares de esperança e tensão se alternam na multidão, essa um monstro com rostos e muitos corações diferentes, mas afinados.

  Mas uma parte dessa multidão não viu nada disso. Ou viu, bem pequenininho ali na tela do Smartphone. Viu mas não viveu. Volto a me perguntar: Por que? Há dezenas de câmeras muito mais próximas da jogada, de grandes emissoras de TV, capturando cada piscar dos jogadores. E há o Youtube: Alguém ali vai colocar aquilo no Youtube depois.

  De repente, me vem a resposta: O "Eu estava lá!" do meu avô era nebuloso, era apenas uma história imprecisa, muitas vezes exagerada e frequentemente desmentida pela minha avó, mas que ele contava com uma imensa felicidade. O "Eu estava lá!" da nova geração pode ser o vídeo que ele mesmo filmou ali, e vai guardar por 40, 50 anos e mostrar aos netos - se conseguir tal façanha, o que eu sinceramente duvido. Guardar uma memória me parece mais fácil, claro, se for uma memória digna de nota, uma grande memória. Ela pode ficar imprecisa, e talvez mais charmosa, mas vai estar lá, e se estiver, valerá a pena ser contada. Me pergunto se nossos netos vão querer ver tudo o que nós gravamos com nossos celulares.

  Talvez a questão seja "Eu ESTOU aqui". É, acho que estou esquentando. Hoje em dia tudo é ostentação, inclusive uma diversão tão mundana quanto o futebol. Sim, há quem queira glamourizar o ópio do povo, o esporte das massas, e ir ao jogo não basta - tem que mostrar pra aqueles dois confidentes mais importantes: Deus e o Mundo.

  Eu também faço check-in ao chegar no estádio. E também tiro fotos - uma ou duas, antes do jogo começar, durante o intervalo ou hino, sei lá. Quando o jogo está parado. Com isso, as pessoas sabem que estou lá e pronto, podem curtir ou não curtir, fazer piadinhas dizendo que dou azar e todas essas besteirinhas que gostamos. Uma vez que estou lá, todos sabem que eu vi o pênalti em primeira pessoa, a menos que tenha ido ao banheiro. A mensagem que as pessoas querem passar seria: "Vejam! Eu não estava apertado na hora do pênalti!"?

  Não sei, acho que não. Retomo o foco.

  O artilheiro do meu time corre, bate e... GOLAÇO! Porque gol do meu time é golaço, até de pênalti! E eu comemoro, pulo, giro, grito, jogo os braços pra cima e depois os coloco na altura da cintura, dando um berro numa posição que em outra realidade me transformaria num Super Sayajin.

  Mas eu fui o único? Sim! Os outros em volta não puderam jogar os braços pra cima, porque é perigoso derrubar o celular. Nem gritar, pra não estragar a filmagem, o microfone tá virado pra boca deles afinal! Não puderam pular, pra não tremer a imagem. Não fizeram nada, só balançaram a cabeça e prontamente apertaram "compartilhar" e começaram a digitar tudo o que gostariam de ter feito, para logo depois disputarem o congestionado sinal da antena de telefonia mais próxima do estádio.

  Tudo para, possivelmente, dizerem que estavam lá. Uma mentira: Eles não estavam. O corpo estava, mas a alma deles estava em algum servidor no Vale do Silício.

  Entrar nesse mérito é uma batalha perdida. A nossa geração é só o começo. As próximas vão filmar, mais e mais e mais e viver menos e menos e menos, talvez com seus óculos e wearabes, mas assumidamente, e mais aceitavelmente, sem precisar olhar pra tela enquanto filma.

 Até lá eu vou continuar sendo o antiquado, que não filma, não tira o celular do bolso, e mais importante, não entende qual a graça que essa molecada vê nessas modernidades.


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

10 Eternas Promessas Do Futebol

O Futebol é um esporte engraçado. É o esporte dos que foram, mas também, é dos que não foram. Na verdade, as vezes é muito divertido ficar lembrando daqueles que eram pra ter sido, mas no final, nunca foram, se é que você me entende.

Não que esse assunto seja novidade na internet, mas a verdade é que esse blog também é uma promessa que nunca deslanchou. Então por que não, um post sobre 10 grandes craques que ficaram só na promessa? É isso que está no cardápio hoje. Sirvam-se:

domingo, 9 de novembro de 2014

Futebol Brasileiro: Caso perdido.

 Talvez eu tenha sido ingênuo. Não, na verdade, eu fui muito ingênuo.
 Naquele 12 de Junho de 2014 eu não estava animado torcendo pela Seleção Brasileira como a maioria dos brazukas estava. Não, não me move nenhum sentimento anti-pátria, nenhuma rejeição ao país ou ódio pela seleção em si - longe disso. Embora eu não seja um entusiasta da seleção brasileira, não costumava ser do time dos que torcem contra. Nem a favor. Mas dessa vez, eu tinha um lado e não era o que vestia amarelo. E explico o (ingênuo) motivo:

  Àquela altura eu imagina que a pior coisa que poderia acontecer para o futebol brasileiro seria ganhar a Copa em casa. Vencer Copas do Mundo de seleções (ou mesmo o Mundial de Clubes esporadicamente) trouxe um efeito colateral nefasto ao Brasil nas últimas décadas: Tapou os olhos do povo para o que era a realidade do futebol brasileiro. Clubes falidos, com jogadores ruins, jogando um futebol atrasado em estádios vazios, violência de torcidas, tabelas e regulamentos esdrúxulos, você pode escolher toda e qualquer faceta do futebol: Dentro do Brasil, numa média geral, nada, nada se salvava.

 Já era assim em 1994. Estava assim em 2002. Está assim em 2014. Mas tudo bem, vencemos a Copa. PENTA! O Brasil é o país do futebol, e quem ousará dizer que não? Não, não é. E minha esperança era de que, face a um vexame como o lendário Maracanazzo de 1950 (o qual hoje nem parece mais tão vexatório. Quem mal há de ter uma derrotinha por 2 x 1?) poderia abrir os olhos de todos e levar o futebol jogado no Brasil para um futuro melhor. Ser o empurrão que faltava para que começassem a mudar - e na outra mão, um novo título seria o passe livre para tudo continuar do jeito que estava ou até piorar.

 Inocente? Não, eu fui burro mesmo.

sábado, 17 de novembro de 2012

Como age um juiz ladrão?


O choro é livre – E recorrente.

Final de campeonato é sempre assim, uma única torcida sorri feliz da vida, muitas choram, e quase todas teorizam. Não existe na face da terra figura mais conspiracionista (existe essa palavra?) e chorona do que torcedor de futebol. Eu sei, porque frequento estádios, e estou cansado de ver (e participar de) xingamentos ao pobre coitado do árbitro que ainda nem apitou o começo do jogo e está apenas verificando se as redes estão bem fixadas.

Torcedor é isso mesmo, seu papel é apenas torcer, e o juiz sempre parece estar jogando no outro time. Mas como saber se de fato ele está?

domingo, 11 de março de 2012

Copa do Mundo e Jogos Olímpicos: Quanto nós vamos lucrar?



“Mas o Brasil vai ficar rico! Vamos faturar um milhão...”

O esporte é apaixonante.Ele é capaz de gerar as mais indescritíveis emoções, mover multidões, arrebatar corações, construir e derrubar sonhos, parar guerras, unir inimigos, enfim, o impacto que ações motoras como correr, nadar, chutar ou quicar uma bola podem ter sobre o mundo é impressionante.

Esse poder atinge o ápice em dois eventos: Copa do Mundo de Futebol e a versão moderna dos Jogos Olímpicos. Bilhões de pessoas no mundo inteiro acompanham cada detalhe dessas competições, com olhos atentos e corações aflitos. Durante praticamente um mês, todos os olhos do mundo voltam-se para um único país. Boa parte desses olhos estão dispostos a gastar com isso, e é de olho nessa grana que os países literalmente disputam a tapas o direito de ser a sede da Copa ou Olimpíada.

O Brasil é a bola da vez: Sediaremos os dois, com apenas dois anos de intervalo entre um e outro. Pode ser a hora e a vez do Brasil arrecadar bilhões, mostrar-se para o mundo e deixar um legado enorme em vários sentidos, para o futuro. Ou pelo menos é o que está na boca do povo e da mídia, que em meio a diversas polêmicas, parece otimista pelo menos nesse sentido: No final, o Brasil sairá dessa mais rico do que entrou. Mas será que é verdade? Fazendo uma analogia, o Brasil está preparando duas baladas (onde as pessoas que vem se divertir gastam, e quem trabalha lucra) ou duas festinhas de aniversário de criança (onde quem organiza trabalha e gasta pros outros se divertirem)?

sábado, 23 de julho de 2011

Hristo Stoichkov, o gênio Búlgaro


  Quantos palavrões em búlgaro você conhece?
Se ainda não conhece nenhum, uma boa maneira de expandir essa super relevante área do saber é perguntando a um tal de Hristo Stoichkov o que ele pensa sobre o árbitro da semi-final da Copa do Mundo de 1994, entre Bulgária e Itália.

A geração Cristiano Ronaldo e Messi, acostumada com transmissões quase diárias dos jogos do Velho Continente, e com o endeusamento dos jogadores de fora do país em detrimento dos que jogam aqui, pode não saber quem é esse tal Stoichkov de quem eu estou falando, e muito menos por que ele teria motivos para ser tão agressivo ao lembrar-se de uma partida. E a geração que pensa que Neymar é um jogador de “personalidade”, pra não dizer polêmico, então, poderia até achar que estou mentindo ao ler algumas histórias sobre esse ex-jogador.

Mas pode acreditar: Stoichkov não deixava nada a dever em comparação com nenhum dos craques da atualidade. Nenhum. Quantos jogadores hoje em dia conseguiriam levar a Bulgária até as semi-finais da Copa do Mundo e ainda dar um sufoco danado na Itália, de Baresi e Baggio, perdendo apenas por erros de arbitragem?

E, em tempos onde o futebol ainda não era o celeiro de garotos-modelo, que devem ter comportamento exemplar e discurso politicamente correto, que devem evitar a todo custo proferir qualquer frase minimamente contrária ao bom senso ditado pelos gentleman” que comentam o assunto nas redes de TV, rádio e internet ao redor do globo, certamente era mais explosivo que todos eles, juntos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Copa do Mundo de 1950: A Copa no Brasil


  Hoje em dia, realizar a Copa do Mundo de futebol demanda trabalho. O Brasileiro está vendo (embora a maioria finja que não) o quanto essas obras, faraônicas por sinal, movimentam de dinheiro, recursos e tempo, para ficarem prontas afim de sediar alguns poucos jogos no verão de 2014, tudo sobre a desculpa (certamente mentirosa) de trazer estrutura e desenvolvimento junto com elas, além de receber de volta o dinheiro investido graças a vinda massiva de turistas (outra falácia que de tanto ser repetida, se tornou verdade).

A verdade é que, como o povo gosta mesmo é de pão e circo, tudo isso será justificado por um mês de festa na nossa pátria amada. E a verdade é que a Copa do Mundo, antes um mero torneio que alguns países até se recusavam a participar, cresceu demais e se tornou um dos principais eventos do planeta em todos os âmbitos. Cresceu e mudou tanto, que voltar no tempo, exatos 64 anos antes da próxima Copa do Mundo, ao ano de 1950, e ver como foi a última Copa realizada por aqui, pode ser surpreendente para os desavisados, embora algumas coisas (o tal jeitinho brasileiro) sejam comuns em ambas. E para que você deixe de ser um desavisado, é exatamente isso que faremos agora: Vamos voltar ao tempo de ouro do paletó e do chapéu, do pós guerra, e examinar a Copa mais trágica (no sentido esportivo) e mais marcante (por termos organizado) da história do Brasil.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Futebol e videogame: Uma viagem no tempo!


  Futebol é o ópio do povo. Pode-se dizer que a vida de boa parte dos homens pode ser definida em três fases distintas: Quando eles sonham em ser jogadores de futebol, a infância. Quando eles invejam os carros e as mulheres dos jogadores famosos, a juventude. E quando eles começam a se preocupar com o fato de que os jogadores que eles invejavam estão todos aposentados, a velhice.

E se para as namoradas dos apaixonados por esse esporte, a concorrência com aquela maldita final de campeonato que teima em acontecer justamente no domingo (afinal, por que não usam o cérebro e as fazem na segunda feira, quando você está no trabalho e não pode ver o seu namorado, não é?) já é desleal, ela pode ficar pior quando vem unida com uma ferramenta que pode ser ligada a qualquer hora do dia: O videogame.

Crescemos jogando jogos de futebol. E eles cresceram conosco. Amadurecemos juntos. Vimos muitos jogos de futebol passarem e se tornarem marcantes, tal qual aquele artilheiro do nosso time ou aquela final de campeonato inesquecível. O futebol evoluiu, mas os craques da nossa infância serão sempre os melhores na nossa mente. Assim como os games evoluíram, mas os jogos de futebol das antigas é que ficarão para sempre na nossa memória. E como eu sei que é quase tão legal lembrar hoje dos bons momentos jogando os clássicos quanto era joga-los na época, que tal relembrar de alguns games de futebol marcantes, de uma época sem motion capture ou partidas online?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Roberto Baggio


  Já diz o provérbio chinês de 5 mil anos de idade: “O maior problema da vida, consiste em não haver nenhum tipo de Memory Card onde você possa salvar os momentos cruciais, para tentar de novo quantas vezes precisar”.

Ok, esse provérbio não existe (tecnicamente, agora existe, só não é chinês), mas define bem o que muitas pessoas sentem em várias situações da vida. Sabe aquele momento que você sempre esperou? Sim, aquele que estava nos seus sonhos desde pequeno. Aquele que será único. Aquele que você cometeu um erro. Aquele que marcou sua vida pra sempre. Aquele que nunca vai sair dos seus pesadelos. Pois é. Esse.


"É uma ferida que nunca vai se fechar. Sempre sonhei disputar uma final de Copa do Mundo e o rival dos meus sonhos era o Brasil. Quando tive a oportunidade, desperdicei aquele pênalti.”


A frase acima é de Roberto Baggio. Caso você não lembre dele, eu vou refrescar sua memória com outra frase:

Partiu, Bateu... Acabou! Acabou!! Acabou!! É tetra! É tetra! É tetra!!!”

Lembrou? Tenha você lembrado ou não, a vida de Baggio não se resume a apenas um penalti desperdiçado. O que mais há de se falar sobre ele? Muita coisa. Afinal de contas, um jogador italiano que passou a infância adestrando ornitorrincos surdos, tem muita história pra contar...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Milagre de Belo Horizonte

  Existem momentos da vida que você sabe que entrarão para a história. E existem momentos que a primeira vista parecem totalmente triviais, e quando você percebe, já está vendo a história sendo escrita. É nessa imprevisibilidade que se esconderam grandes eventos da história da humanidade. Ou alguém esperava, por exemplo, que aquela manhã de 11 de Setembro entraria para a história?
No futebol, e no esporte em geral, isso também se aplica. Muitas vezes, são nos jogos mais “comuns” que as melhores histórias, aquelas que nós vamos querer contar para os nossos netos, estão fadadas a acontecer.

Para dar um exemplo simples de situação absurda que se realmente acontecesse entraria para a história, imagine só um jogo em que um time formado por um monte de estudantes, um carteiro, um motorista e vários outros profissionais de todas as áreas, exceto jogadores de futebol, ganhasse de uma seleção poderosa e renomada como a Inglaterra, em plena Copa do Mundo.

Hey, espera um momento, isso aconteceu mesmo! Parece loucura né? Então vamos voltar para o ano de 1950, a Primeira Copa do Mundo no Brasil...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As 5 Maiores Mentiras do Futebol Brasileiro

  “Conte uma mentira por tempo o suficiente, e ela se tornará uma verdade”, já dizia um dos ministros da campanha nazista de Adolf Hitler. No mundo em que vivemos, há uma série de mentiras que de tanto serem repetidas ganharam um número tão grande de defensores, que contraria-las faz com que o mentiroso ou maluco em potencial seja você.

E isso é agravado pelo fato das pessoas acreditarem cegamente em tudo que vêem na mídia. Se a mídia comprar a mentira, todo mundo acredita. Porque falou no jornal tal, ou viu na revista tal. O que essas pessoas esquecem é que a mídia só mostra o que as pessoas querem... Em tempos de internet, tudo está ainda mais fácil: Agora todo mundo pode ter um site e um blog e se tornar uma “fonte”.

No futebol isso não é diferente. Na verdade, é até pior: A tática de falar o que as pessoas querem ouvir funciona ainda melhor em um assunto que é movido pela paixão. Com isso, ao longo dos anos, algumas histórias se perpetuaram de tal forma, que se tornaram verdades irrefutáveis, incontestáveis e imutáveis. E outras estão em plena evolução, para que daqui 10 ou 20 anos, sejam as novas “verdades” do mundo do futebol. Será?

Não que vá mudar muita coisa, e sob o risco de receber ofensas pessoais e até ameaças de morte por parte de torcedores mais exaltados, o blog se dispôs a separar as 5 maiores mentiras que se tornaram verdade da história do futebol, sem uma ordem específica de importância. Note que algumas dessas mentiras escolhidas são histórias inofensivas que ajudam a enriquecer o esporte como um todo, enquanto uma ou outra tem requintes de maldade e recalque. Sem mais papo furado, já que a postagem ficará MUITO grande mesmo, vamos analisar as falácias...

domingo, 9 de janeiro de 2011

A Batalha de Stalingrado e a Copa do Mundo de 1966

  A Segunda Guerra Mundial deixou um grande legado, que continua a nos influenciar até hoje. Seja na cultura, costumes e até na ciência, entre outras coisas, os efeitos da terrível batalha onde Adolf Hitler se eternizou como vilão para a maioria das pessoas continuam a repercutir ainda hoje.

A Copa do Mundo de Futebol é um dos maiores eventos da atualidade, fazendo com que o mundo respire futebol durante 30 dias, atraindo grandes números, sejam eles em cifras, turistas, telespectadores, etc, etc, etc...
Mas qual a relação entre ambos os eventos citados até aqui, se durante a Segunda Guerra não houve nenhuma Copa do Mundo? E se eu te falar que a Copa do Mundo mais influenciada pela Segunda Guerra Mundial viria a acontecer apenas em meados da década de 60? Pois é, e foi mais ou menos assim que aconteceu...



sábado, 8 de janeiro de 2011

Canhoteiro, a lenda da ponta esquerda

  Segundo Zizinho, um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, ídolo de ninguém menos do que Pelé, “Em um metro quadrado, conseguia driblar 3 ou 4 defensores, como manteiga que se aperta nas mãos!”

Já Aílton, que por muito tempo foi reserva desse jogador do qual estou falando, jura de pés juntos que “Ele podia driblar a própria sombra!”
Corria o mito de que o homem era capaz de driblar no espaço de um lenço. À época, dizia-se que ele era o Garrincha da ponta esquerda. Há quem diga, no entanto, que foi até melhor do que o demônio das pernas tortas.

Espera. Como pode haver um craque dessa magnitude, comparado a Mané Garrincha, e você, caro leitor, não conhecer? Simples: Esse driblou tanto, mas tanto, que até a fama ficou para trás. Conheça a história de Canhoteiro, o maior ponta esquerda que o futebol já presenciou...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os 5 Maiores Clássicos da América


  Rivalidade. Nada valoriza mais uma disputa do que uma grande rivalidade. Seja o legendário trio de apresentadoras adolescentes sexy's manipuladoras de mentes infantis, passando por Alain Prost e Ayrton Senna, e, falando de futebol, a sua rua contra a rua de cima, uma grande rivalidade é sempre um ingrediente muito especial para uma competição.

O futebol pelo mundo todo tem grandes rivalidades. Coisas absurdas. A Europa tem clássicos muito famosos, como Barcelona x Real Madrid, e clássicos onde a rivalidade ultrapassa o futebol em si, como Celtic x Rangers. Mas a América não fica atrás. Aliás, muitas das “ grandes rivalidades” européias se envergonhariam perto das rivalidades que temos aqui. Duvida? Então ai vão 5 exemplos de clássicos imperdíveis, com sotaque bem portenho.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

De avô para neto...

Aqueles três meninos estavam entediados, naquela tarde chuvosa de sábado. Aliás,. Até tinham algo para fazer. Estavam hipnotizados pelo videogame, que jogavam à horas sem parar.

  Foi então que a concentração se quebrou. Era o avô deles, seu Sandro, comentando, ou melhor, cornetando:

- Essas crianças de hoje em dia, não desgrudam da frente da tela!
- Ah vô, ta chovendo, não tem nada pra fazer!
- Até parece que no meu tempo, uma chuvinha me impedia de jogar bola lá fora!
- Quem vê, pensa que o vô jogou muita bola...


  Nesse momento, seu Sandro ficou furioso. Esbravejou:

- Quem vocês pensam que eu sou? Eu joguei muito quando era novo!
- Jogou mesmo vô?
- Joguei, pois joguei tanto, que fiz o campeonato brasileiro de futebol mudar de nome!
- Que mentira lavada...
- Foi verdade, aconteceu 30 anos atrás, no ano de 1999...

  Percebendo que seus netos não iriam acreditar muito, seu Sandro sentou-se ao lado deles. Sem exigir que parassem o jogo, até por que sabia que seria inútil, começou a falar. Começou a contar, a sua longa história, de como conseguiu, sozinho, causar uma das maiores confusões da história do futebol brasileiro...


segunda-feira, 26 de abril de 2010

São proibidos os galináceos


Eles são os crucificados. São os ofendidos. São os inocentes.São os injustiçados. São os incompreendidos. São os culpados. São os goleiros.

  Pouca gente sabe, mas hoje, dia 26 de Abril, é o dia do goleiro! E menos gente ainda sabe, mas este blogueiro foi, durante grande parte da sua vida, um representante digno daqueles heróis injustiçados, referidos como mãos de manteiga, mãos de alface, caçador de borboletas, frangueiro.
  Do único cara do mundo que é pago para estragar a festa dos outros, e que no final pode estragar é a festa dos seus. Do cara que tem como função não errar depois que todo mundo já errou. Do cidadão que tem a obrigação de fazer o possível, e, se possível, o impossível também.


  Todos torcem pelo seu erro. Todos lembram apenas do seu erro. Você pode fazer 100 defesas impossíveis, que o replay só mostrará aquela que você errou. Errar é o que seus adversários esperam de você. Você, caro leitor comemora o erro do goleiro dos times dos outros. É natural. Goleiros estão lá para não errarem, mas todos querem que eles errem.
  Como o blog sabe bem qual a sensação de ser lembrado pelos seus erros, a homenagem será feita as avessas: A seguir, 3 grandes goleiros que erraram na pior hora possível.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Conhece o Pernambuquinho?

- Almir, você não acha que Copacabana fica muito longe do Vasco?
- Não.
- Mas eu acho, e você tem que escolher: Copacabana ou o Vasco?
- Copacabana.

  Esse era Almir, o Pernambuquinho. Craque do Santos de Pelé, do Flamengo, do Vasco, do Boca Juniors, da Seleção Brasileira e de muitos outros. Mas que ficou famoso não pelo futebol, e sim pelo seu comportamento, um tanto quanto explosivo. Se você acha que jogadores como Edmundo, Romário e Neymar são maus exemplos, é por que você não conhece a história do folclórico Almir, o primeiro dos jogadores “copeiros” que o futebol tem registro.




domingo, 4 de abril de 2010

Os vilões das Copas do Mundo

  E em algumas semanas começará o espetáculo: A Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. E ai você já sabe: A mídia esquecerá todos os problemas do mundo, e o pais só terá olhos para a África. Você será bombardeado com informações do tipo: O que eles comem na África do Sul? Em que eles trabalham? Como são os costumes? A religião? Os mitos? Curiosidades da África do Sul... Etc e tal. Além é claro, das infinidades de matérias falando sobre a historia das copas, dando destaque aos grandes vencedores, aos grandes times, a quem fez historia...

  Que coisa chata!

  Saber de quem venceu é interessante quando você é o vencedor. Saber de quem perdeu é divertido (a menos que você seja o perdedor, lógico). E como em Copas do Mundo nós vencemos menos do que perdemos...

  Para saciar o seu espirito competitivo, foram separados os 5 maiores vacilões das Copas do Mundo. Prepare-se e mantenha os olhos bem abertos: Em pouco tempo poderemos ter um novo integrante para a lista...

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