Eu não acredito em tudo que me falam. Tá, eu acredito na maioria. Mas não em tudo. E mesmo nas que acredito, eu sempre procuro respostas para tentar justificar por que, exatamente, eu acredito. Nem que a resposta seja simplesmente algo do tipo: “Pelo sim, pelo não, é melhor acreditar”. Porém, existem certas coisas que eu simplesmente prefiro ficar sem saber a explicação, e o motivo é que é muito mais divertido especular sobre a explicação, do que saber exatamente qual é.
Um exemplo é o funcionamento da Bolsa de Valores. Outro é por que o ônibus sempre vai devagar quando estou com pressa, e o terceiro, e mais importante, é o que uma mulher estava fazendo com um telefone celular em 1928.
“Como é que é?”. Sim, isso mesmo. Vamos ver um vídeo?
Viu algo de errado com a senhora que se veste de maneira muito similar ao Pinguim? (o inimigo do Batman, lembra?). É, digamos que ela estava falando “sozinha”, enquanto segurava algo próximo da orelha esquerda. Não dá pra ver exatamente se o aparelho é um Iphone 4 de 32GB ou qualquer coisa que seja, mas definitivamente ela fala como se estivesse no celular, gesticula como se estivesse no celular e sua postura é de quem está no celular. Se você dúvida, basta sair na rua e compara-la com a primeira pessoa que você encontrar falando no celular travestida de Pinguim (tá, parei de chamar ela de Pinguim).
Esse video que você acabou de ver foi feito em 1928, na frente de um cinema em Hollywood. A ocasião era a estreia de um filme do saudoso Charles Chaplin, “O Circo”, e eles estavam por algum motivo filmando a fachada do cinema onde o longa seria exibido pela primeira vez. Não é uma cena do filme. É um flagra de algo que está não apenas fora do lugar, mas fora do tempo.
Várias teorias, uma mais maluca do que a outra, foram propostas para tentar explicar o que a mulher estaria fazendo ali com um aparelho 60 anos mais novo. Entre as quais, foi proposto que ela seria um ET, o que é meio improvável porque, como podem ver, ela não ganharia o Miss Universo, mas aparenta ser bem terráquea. Ou ainda que aquilo seria na verdade um rádio portátil, o que também não faz sentido, por que o rádio portátil foi idealizado 6 anos depois, e lançado mais de uma década e meia mais tarde. Mesmo o Pinguim é mais novo do que ela, já que ele só estreou em 1940. Essa mulher só pode ser uma coisa: Uma viajante do tempo!
Bem, o que se sabe ao certo é que o vídeo não é fake. Foi analisado por uma porção de gente renomada, e todos garantiram que o vídeo não sofreu edição em nenhum único pixel. Ou seja, ela estava lá, faça isso sentido ou não. Ou será que ela estará lá? Por que estamos falando de uma pessoa do futuro, que possivelmente ainda nem nasceu, no passado, quando nós não havíamos nascido! O mesmo serve para a outra frase do texto, que seria uma pergunta, mas ainda não decidi se o correto seria escrever “Como ela chegou lá?” ou “Como ela chegará lá!”. Muito mais difícil do que viajar no tempo é conjulgar os verbos quando o assunto é uma viajante do tempo!
Alguém há de questionar o seguinte: “E como o celular dela tinha sinal, já que se não haviam celulares, também não haviam ainda serviços de telefonia móvel e muito menos antenas!?”. Mas isso é simples de responder: Estamos falando de alguém que veio / irá do futuro. E não pode ser o futuro que estamos presenciando, ou por acaso você já viu alguma máquina do tempo para vender por ai? Ou seja, nada impede de terem inventado um serviço de celular que não precise de antenas para funcionar, ou, o que seria mais lógico, o celular ser na verdade um comunicador para ela dizer as pessoas do seu tempo como estão as coisas (única explicação lógica, aliás, para a pergunta que viria a seguir: “Ok, mas para quem ela estava ligando?”).
Mas, viajar no tempo é impossível, certo? Errado. Existem algumas maneiras, pelo menos teoricamente, de viajar-se no tempo, embora obviamente ninguém tenha testado ainda (a menos que viajantes como essa senhora já tenham feito isso, e nesse caso nós já fomos testados mas ainda não testamos, embora sabemos que viremos a testar, embora sem saber como). Veremos duas maneiras de viajar-se no tempo:
A primeira forma (e a mais aceita) é usando os princípios da relatividade do tempo. O que é isso? Tentarei ser o mais resumido e claro: É uma teoria de um tal de Albert Einstein que diz que quanto mais rápido você viaja, mais devagar o tempo passa para você em relação aos outros. Por exemplo: Pilotos de avião depois de alguns anos de profissão costumam ser alguns segundos mais novos do que sua idade cronológica. Viajaram no tempo, tão pouco que nem perceberam, ao longo do tempo. O mesmo ocorre, em menor grau, com pilotos de Fórmula 1.
Seguindo essa teoria, se você saísse agora de São Paulo e fosse até Paris na velocidade da luz, quando você descesse da sua nave, veria que chegou lá no ano de 2050. Viajou ao futuro. O único efeito colateral dessa técnica (além do fato de não termos nada que possa sonhar em ir tão rápido), é que seria impossível voltar.
A outra teoria, que permitiria voltar no tempo, depende de outras duas para funcionar: A primeira é a dos Universos Paralelos, que você entenderá melhor clicando aqui. A segunda é a teoria dos Buracos de Minhoca. Basicamente esses buracos são atalhos no tempo-espaço, que podem te levar a outro lugar que você jamais alcançaria em vida em questão de segundos. Supondo que ambas sejam verdadeiras, tudo que você precisaria para voltar ao tempo é um buraco de minhoca que levasse a algum universo paralelo que está na época que você quer ir, e no lugar onde você quer ir.
E pode ainda haver outro meio de se viajar no tempo, que na época da senhora do vídeo eles / nós já descobriram / ainda descobrirão.
Acho que única questão realmente difícil de responder é quem exatamente vai pagar a conta, já que estamos falando de uma ligação de pelo menos 100 anos de duração...
Eu tenho medo...
Muito legal seu blog! Cheguei aqui procurando curiosidades sobre lobos e agora já estou viajando no tempo! haha
ResponderExcluirMas então, eu queria dizer uma coisa sobre o caso da mulher com o celular lá nessa época remota (ou nem tão remota assim rs). Mas sabe aquele caso dos indios que não conseguiam ver o navio de Colombro simplesmente porque o cérebro deles não tinha como processar uma informação visual que nunca se quer cogitaram?
Pois então, me peguei aqui pensando em uma teoria meio maluca... Vamos supor que aquela mulher (ou pinguim, como você disse haha) seja realmente uma viajante do tempo, com direito a seu delórean e capacitores de fluxos movidos a 1 Ghz. Nesse caso, não seríamos as pessoas próximas dela os índios da situação, e consequentemente impossível de "ver" o celular?
Não sei se viajei muito, mas imagino que talvez existam coisas muito mais bizarras acontecendo em nosso mundo que se quer somos capazes de enxergar.
Eu acho que me empolgo nesses assuntos e viajo demais! hehe, mas é isso, já virei seguidor do teu blog e parabéns pelos posts!
Abraço!
Muito obrigado Ledark! Seja bem vindo!
ResponderExcluirRealmente essa teoria dos índios eu não conhecia, muito interessante. E de fato até combina com o vídeo, já que é difícil ver o objeto na mão do Pinguim...
Bem, acho que só o futuro dirá!
E novamente, obrigado!