quarta-feira, 21 de novembro de 2018

6 Jogos incríveis e esquecidos de Game Boy

 Vocês sabem o que é escolher um game pela capa?
 Quem é mais das antigas vai reconhecer esse cenário: Você chega na loja de games e vê aquele monte de cartuchos. O problema é que não existe You'Tube ou Twitch, e você nunca viu nenhum daqueles jogos em nenhuma revista Gamers ou SuperGamePower. Te resta confiar na intuição e escolher seu jogo praticamente as cegas - ou não, já que a única informação que você tem é justamente a capa do jogo.
 E você tem pouco dinheiro. Muito pouco dinheiro. Tipo, 20 reais que você teve que chorar pra sua mãe te dar. Nesse cenário, um cartucho "multijogos" desses 100% piratinhas era tentador. Algum dos tais 999999 jogos haveria de ser bom, correto?

 E foi assim que eu acabei comprando uma verdadeira pérola do Game Boy. Se eu pudesse dar um nome para aquele cartucho, eu o chamaria de "Cartucho com jogos de Game Boy que ninguém jogou, mas todos deveriam". E os jogos eram mais ou menos esses aqui:

DuckTales

Abrimos com o jogo mais famoso da coletânea. Só que famoso pela versão NES, não pela versão do Game Boy. Um grande clássico de plataforma da Capcom com o Tio Patinhas que dispensa apresentações e inclusive recebeu uma remasterização recentemente. Era provavelmente o melhor jogo da coletânea e se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos. Basicamente você controlava o Tio Patinhas enquanto ele pulava em sua bengala como se fosse um pogobol em busca de tesouros para aumentar ainda mais a fortuna dele. As fases além de desafiadoras são muito bem planejadas e divertidas. Jogo espetacular, que pouca gente jogou no Game Boy. 

Choplifter II

Jogo de helicóptero bastante desafiador, de uma franquia que não era tão anônima assim. Diferente de outros jogos de avião da época, seu objetivo principal não é matar todos os inimigos e sim resgatar as pessoinhas que estão no chão pedindo ajuda (dá pra entender o jogo como uma espécie de Flicky com temática militar). Você tem que ser cuidadoso, até porque é possível inclusive matá-las por acidente. Aparentemente esse game é um exclusivo do Game Boy, o que faz com que pouquíssimas pessoas tenham conhecimento dele. E isso é uma pena.

Dr Franken

Falando em jogos obscuros que é uma pena que não tenham se tornado mainstream, esse sim era a maior pérola não lapidada daquela coletânea. Dr Franken era, uma espécie de Metroidvania lançado em 1993 para Game Boy (e também para Super Nintendo) que por algum motivo que eu não sei explicar passou completamente despercebido. Na pele de Franky, o Monstro de Frankenstein, você precisa explorar um enorme cenário ao som de Moonlight Sonata. Você precisa resolver puzzles e encontrar chaves para abrir novos cenários. O jogo tinha alguns problemas com controle, mas a sensação de exploração e descoberta é algo que eu simplesmente não voltei a ver em um jogo na telinha monocromática do Game Boy. 

Dead Heat Scramble

Joguinho de corrida em pistas que lembram uma espécie de... cano? Sim, na verdade é como pegar as fases bônus do Sonic 2 do Mega Drive e transformar em um jogo de corrida com carros, só que visto de cima. A idéia estranha funcionava razoavelmente bem e no final era um jogo divertido. Os outros carros estavam na pista só para te atrapalhar, já que seu desafio mesmo era contra o relógio. E as rochas, buracos e outros obstáculos que apareciam no seu caminho. 



Flipull: An Exciting Cube Game

Um puzzle com versões para várias plataformas, e que atende pelo muito mais modesto nome Plotting em certas regiões. Ao contrário da maioria dos puzzles da época, esse não era mais um clone de Tetris. Não sei exatamente como explicar aqui, mas basicamente, você precisava jogar seu cubo em outros cubos que tivessem o mesmo símbolo mostrado nele, até atingir determinada combinação ou até ser incapaz de progredir. Vendo o vídeo fica mais fácil entender. Como todo puzzle, é um conceito simples mas extremamente viciante. 



Soukoban

Também conhecido como Boxxle, eu já conhecia esse jogo (na verdade, um clone dele) porque eu tinha no meu celular (um Motorola C200, saudoso!). Seu objetivo é resolver quebra-cabeças movendo caixas até os lugares previamente demarcados. O jogo é extremamente viciante e desafiador, apesar do conceito simples. 






Falando sério, é provável que houvessem mais jogos na coletânea mas nesse momento não estou me lembrando. A única coisa que me lembro é que quando vi a lista de jogos torci o nariz: "Ah não, joguei 20 reais no lixo". Posteriormente descobri que seria muito difícil conseguir um custo benefício melhor com um cartucho de Game Boy.

Infelizmente não tenho mais esse cartucho, pois ele se perdeu com o meu primeiro Game Boy de uma maneira bem intencionada porém boba, que outro dia eu conto pra vocês. Até lá! 

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